sábado, 14 de novembro de 2009

Pelo Conselho Municipal da Juventude


A Constituição de 1988 consolidou um instrumento que é muito utilizado pelas democracias mais avançadas do mundo: o controle social.

A tese básica para defesa do fortalecimento do controle social é de que, numa democracia, a participação representativa das pessoas ocorre em diversos momentos da vida do cidadão, e não apenas no momento da eleição. Com um controle social satisfatório, a sociedade consegue ter os seus próprios mecanismos de fiscalização dos governos, muitas vezes, contribuindo com o mesmo através de críticas construtivas e apontamentos de sugestões que, se aplicadas de modo positivo, resultarão em acréscimos de qualidade aos programas e políticas públicas.

No início da década de 1980, alguns mecanismos de controle social surgiram com esta idéia e foram de extrema importância para garantir, por menor que fosse à época alguma participação popular dos cidadãos nos municípios.

Desde então (com o reforço da Constituição de 88), as células mais importantes do controle social na democracia, os conselhos temáticos municipais, já realizaram milhares de tarefas e atividades que deram maturidade e qualidade às mais diversas políticas públicas nas mais diversas áreas.

Divididos em três segmentos, contando com o governo, sociedade organizada e usuário em sua composição, os Conselhos Municipais são peças-chave na tarefa do aprimoramento e fiscalização das políticas. Com eles, o gestor pode ter um razoável feed-back dos programas, realizado por pessoas com conhecimento no assunto, seja por vivência própria, seja por ser o objeto de estudo das mesmas.

Quando falamos de uma temática que está em pleno desenvolvimento, como são as políticas públicas de juventude, é necessário salientar que todas as iniciativas governamentais e da própria sociedade civil organizada será sempre insuficiente se estas não contarem com o aprimoramento permanente do controle social.

No caso destas políticas, as de juventude, a importância da participação das pessoas no controle das mesmas é ainda maior, pois estamos falando de uma faixa etária que tem sérias dificuldades de exercer o seu protagonismo nas ações que lhes dizem respeito. Acrescente-se a isso o fato de que, se não executadas envolvendo diversas áreas de governo as políticas públicas de juventude terão efeito extremamente limitado.

Positivamente, estão sendo executadas no Brasil diversas ações governamentais e sociais no sentido de aplacar as dificuldades as quais são submetidos os jovens brasileiros. Porém, é necessário que o Estado convoque a sociedade para a participação mais efetiva e profunda no que tange ao seu controle e, por conseqüência, oportunize o aprimoramento de suas ações, oriundas dos próprios usuários desses programas.

Ao PMDB, partido defensor de primeira hora do controle social, e à sua Juventude, organização partidária de defesa dos interesses dos jovens brasileiros, cabe solicitar a estruturação, em nosso município, de mecanismos de controle social das políticas públicas de juventude, visto que já promulgado pela Câmara Municipal de Vereadores projeto referente à sua implantação. Canguçu perde com a inexistência de um conselho voltado aos interesses da juventude, pois estamos vendo o aceno do governo federal com inúmeras políticas voltadas à área, exemplo claro são as que dão a máxima atenção ao jovem rural, como o Programa Nossa Primeira Terra, PRONAF Jovem, além de outros como o Programa Segundo Tempo que estará sendo instalado em algumas escolas no município.

Por fim cabe ainda lembrar que os Conselhos Municipais não são menos importantes do que as próprias políticas, eles são tão fundamentais quanto.

* Opnião JPMDB/RS e JPMDB Canguçu

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