domingo, 17 de abril de 2011

PMDB faz ato para denunciar incoerências do Governo Tarso

Protesto foi realizado na Esquina Democrática

 “É um governo marcado pela mais profunda incoerência. Os temas que antes eram alvo de protestos e denúncias, agora viraram prática oficial, dando a entender que o resultado das eleições serve de aval para tudo”, afirmou o  líder da bancada do PMDB, deputado Giovani Feltes, ao analisar os primeiros 100 dias do Governo Tarso, durante ato que o partido organizou no início da tarde desta terça-feira, 12, na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre. “As urnas não legitimam tudo e aos poucos a sociedade gaúcha perceberá as profundas contradições deste curto período”, acrescentou Feltes.

Para a deputada Maria Helena Sartori, presidente da Comissão de Fianças, o principal ponto de discórdia com o atual governador se relaciona com o rápido abandono do compromisso em favor do diálogo. “O que temos visto é exatamente o contrário, pois em vários momentos, como em votações de diversos projetos quando impediram até a votação de emendas da oposição, ficou claro que este governo pratica o monólogo”, criticou a deputada.
 
Com a mesma linha de raciocínio, o deputado Alexandre Postal lamentou os prejuízos ao processo político a partir da postura do atual governo. “Antes, a exigência do direito de expressão, do respeito às minorias; agora, a desconsideração e o patrolamento àqueles que não pensam igual”, comparou Postal.
 
 
República dos CC´s
 
Ao lado de lideranças estaduais e municipais do partido, os deputados do PMDB iniciaram pela Esquina Democrática a distribuição de um boletim com críticas aos erros e incoerências do Governo Tarso neste primeiro semestre que deverá circular por todas as regiões do RS. A criação de mais de 500 cargos de indicação política, os chamados CC´s, mereceu espaço de destaque no material impresso. “Instalou-se no estado a verdadeira República de CC´s, com reflexos na ordem de R$ 120 milhões nos cofres públicos nestes quatro anos”, apontou o deputado Edson Brum, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia.
 
“Porém, nada é mais contraditório do ver um governo do PT agindo para abafar uma CPI”, destacou o deputado Marco Alba, referindo-se ao esforço pessoal do governador e de sua base aliada em abafar a possibilidade de investigação das denúncias de corrupção no DAER por parte da Assembleia. “Quem mudou foi o PT, que eram os paladinos da moral”, frisou Alba.
 
Presente na mobilização de alertar a população sobre os equívocos do governo nestes 100 dias, o deputado Álvaro Boessio frisou a mudança de postura em relação ao Piso Nacional do Magistério. “Antes das eleições, era uma prioridade máxima do governo. Agora, os professores terão de esperar pelos quatro anos”, criticou Boessio. Ele observou, também, que a propaganda em torno da fixação do salário mínimo regional é maior do que os ganhos reais dos trabalhadores. “Não confere este discurso de que foi o maior reajuste desde sua implantação, em 2001. Na verdade, o piso regional definido por Tarso é o terceiro pior da história”, disparou o deputado.
 
O ato na Esquina Democrática reuniu cerca de 100 militantes e contou com a presença do presidente do Diretório Metropolitano, vereador Sebastião Melo, o ex-deputado Nelson Härter, hoje primeiro suplente da bancada estadual, além de dirigentes estaduais do PMDB Mulher, a Juventude do PMDB e do Movimento Negro. O boletim com críticas aos primeiros 100 dias do Governo Tarso também foi distribuído junto à Estação Mercado do Trensurb, pontos de ônibus e encaminhado para os diretórios municipais do partido pelo interior do RS.
 
Fonte: PMDB/RS

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